Idoso acusado de matar a tiros um vizinho move ação contra a justiça de Chicago, por uso indevido de inteligência artificial (IA) para efetuar sua prisão
A defesa de Michael Williams, de 65 anos, preso por um ano, alegou que a promotoria utilizou como prova apenas uma tecnologia não confiável, o ShotSpotter, que detecta áudio de tiros por meio de sensores instalados em bairros, predominantemente, negros e latinos, o que gera também uma ação discriminatória.
O processo afirma que os investigadores e promotores apostaram apenas nos áudios do ShotSpotter para acusar Williams de homicídio, sem nunca estabelecerem um motivo para o crime, sem encontrarem testemunhas do tiroteio e nem mesmo uma arma ou evidência física de que o acusado estava envolvido no assassinato. A tecnologia pertence à ShotSpotter Inc., uma empresa de capital aberto, sediada em Newark (Califórnia), conhecida por seu controverso serviço de localização de tiros.
A defesa pede indenização da cidade ao idoso por angústia mental, perda de renda e contas legais. Se houver ganho de causa, Chicago pode ser obrigada a parar todas as atividades de policiamento assistido pelo ShotSpotter.
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